Operação Integration

Diretor jurídico da Esportes da Sorte diz que Operação Integration presta ''desserviço''

A operação deflagrada pela Polícia Civil de Pernambuco resultou na prisão do CEO da Esportes da Sorte

Publicado em: 09/09/2024 17:45

De acordo com o inquérito, a organização criminosa atuava através de várias empresas de eventos, publicidade, casas de câmbio e seguros para lavar dinheiro por meio de depósitos e transações bancárias (Foto: Reprodução)
De acordo com o inquérito, a organização criminosa atuava através de várias empresas de eventos, publicidade, casas de câmbio e seguros para lavar dinheiro por meio de depósitos e transações bancárias (Foto: Reprodução)
O diretor jurídico da Esportes da Sorte, Gabriel Oliveira, se pronunciou sobre a Operação Integration através de um vídeo divulgado nesta segunda-feira (9). A empresa é investigada por suposto esquema de lavagem de dinheiro envolvendo a prática de jogos ilegais. De acordo com Gabriel, a ação policial presta um “desserviço”.

“A situação dos últimos dias, deflagrada pela operação ‘Integration’, presta um desserviço à nação e atenta contra o que deveria ser sua finalidade, a verdade. Somos ‘culpados’ pela transparência, somos ‘culpados’ por termos comprovações e funcionarmos dentro da legalidade, inclusive com toda operação financeira sendo feita através de instituições íntegras e com procedimentos homologados pelo Banco central”, disse o diretor jurídico.

Além disso, Oliveira afirmou que este é um “um episódio triste, desarrazoado, desproporcional e irresponsável” e disse ter certeza da inocência. 

“Seguimos onde sempre estivemos, à disposição da justiça. temos a certeza que tudo isso será lembrado como um episódio triste, desarrazoado, desproporcional e irresponsável. O que está acontecendo advoga para o retrocesso do país”, disse.

Operação Integration

A influenciadora foi alvo da Operação Integration, da Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), que visa desarticular uma organização criminosa suspeita de lavagem de dinheiro envolvendo casas de apostas legalizadas. Neste caso, a investigada é a Esportes da Sorte, com quem Deolane possui um contrato de publicidade.

A operação apreendeu 37 bolsas femininas de luxo, 76 anéis e 17 joias de diversos modelos, 16 relógios de luxo, duas aeronaves e dois helicópteros avaliados em R$ 127 milhões, cinco automóveis de luxo e valores em dinheiro em diversas moedas. Em Pernambuco, o material apreendido foi encaminhado para o Depatri (Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais).

Na última quinta-feira (5), o CEO da Esportes da Sorte, Darwin Henrique da Silva Filho, e a mulher, Maria Eduarda Quinto Filizola, se entregaram à polícia. Eles são investigados na operação deflagrada pela Polícia Civil de Pernambuco.

Nesta segunda-feira, Maria Eduarda e a influenciadora Deolane Bezerra deixaram a Colônia Penal Feminina Bom Pastor após uma determinação Judicial, uma vez que elas possuem filhos com menores de 12 anos. As duas vão cumprir prisão domiciliar.

Como funcionava a organização

De acordo com o inquérito, a organização criminosa atuava através de várias empresas de eventos, publicidade, casas de câmbio e seguros para lavar dinheiro por meio de depósitos e transações bancárias.

As casas de apostas investigadas contratavam influenciadores digitais para promover jogos de azar, que são proibidos por lei, segundo o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho.

As investigações mostraram que o dinheiro era lavado através de depósitos fracionados em espécie, transações bancárias entre os investigados, com saque imediato do montante, compra de veículos de luxo, aeronaves, embarcações, joias, além da compra de centenas de imóveis.

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