GUERRA

EUA quer mudanças de Israel na Cisjordânia após morte de norte-americana

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, classificou a morte de Aysenur Ezgi Eygi como um caso inaceitável

Publicado em: 10/09/2024 13:20

 (Foto: Unsplash)
Foto: Unsplash
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, declarou hoje que as forças israelenses têm de modificar o seu modo de atuação na Cisjordânia. Após a morte no território palestino de Aysenur Ezgi Eygi, 26 anos, uma cidadã com nacionalidade norte-americana e depois das Forças de Defesa de Israel (IDF) ter admitido a possibilidade de culpa, Blinken afirmou que este é um caso inaceitável. "As forças de segurança israelenses têm de fazer mudanças fundamentais na forma como operam na Cisjordânia", reforçou.
 
As IDF admitiram que a morte de Aysenur deve ter sido causada por fogo acidental das suas forças. Num relatório preliminar feito pelos seus comandantes, as primeiras conclusões apontam que sua morte é tida como resultado altamente provável de fogo indireto e não intencional das IDF. “O incidente ocorreu durante um protesto violento de dezenas de palestinos suspeitos, que queimavam pneus e atiravam pedras às forças em Beita”, referiu o relatório.
 
Eygi nasceu na Turquia, mas também tinha nacionalidade norte-americana. Ela trabalhava como ativista no Movimento de Solidariedade Internacional.
 
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, também anunciou que Washington vai acompanhar de perto a investigação criminal de Tel Aviv da morte de Aysenur Ezgi Eygi, cidadã turco-americana morta pelas forças israelenses na Cisjordânia ocupada.
 
Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, a violência entre militares e colonos israelenses e a população local teve um aumento substancial. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), aproximadamente quase 650 palestinos já foram mortos, além de 23 israelenses, incluindo soldados.
MAIS NOTÍCIAS DO CANAL