PRISÃO

Gusttavo Lima tem ordem de prisão revogada

Decisão foi tomada pelo desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, que é o relator do caso, na tarde desta terça-feira (23)

Publicado em: 24/09/2024 16:35 | Atualizado em: 24/09/2024 18:03

 (Foto: Reprodução/Instagram)
Foto: Reprodução/Instagram
O cantor sertanejo Gusttavo Lima teve a ordem de prisão preventiva revogada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), na tarde desta terça-feira (24). Ele é um dos alvos da Operação Integration, que apura lavagem de dinheiro do jogo do bicho e de apostas esportivas.
 
Também foram revogadas as suspensões do passaporte do artista e do certificado de registro de arma de fogo.
 
Na decisão, o desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, da 4ª Câmara Criminal, relator do caso, afirmou que as justificativas utilizadas pela juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal da Capital, que tinha decretado a prisão na segunda (23), "constituem meras ilações impróprias e considerações genéricas. Desconstituída, assim, de qualquer evidência material a justificar, nesse momento, a segregação cautelar."
 
O desembargador descartou ainda o argumento da juíza de que Gusttavo teria "dado guarida a foragidos" por ter viajado com destino à Grécia na companhia de José André da Rocha Neto e de Aislla Sabrina Henriques Truta Rocha, donos da Vai de Bet e também investigados na operação.
 
"O embarque em questão ocorreu em 01/09/2024, enquanto que as prisões preventivas de José André da Rocha Neto e a Aislla Sabrina Henriques Truta Rocha foram decretadas em 03/09/2024. Logo, resta evidente que esses não se encontravam na condição de foragidos no momento do retromencionado embarque, tampouco há que se falar em fuga ou favorecimento a fuga", registrou. 
 
Saiba mais
 
 
Investigação 
 
Segundo a decisão que determinou a prisão preventiva, Gusttavo Lima adquiriu, no dia 1º de julho de 2024, uma participação de 25% na empresa Vai de Bet. "Sua intensa relação financeira com esses indivíduos, que inclui movimentações suspeitas, levanta sérias questões sobre sua própria participação em atividades criminosas", afirmou a magistrada.

A empresa do cantor, a Balada Eventos e Produções Ltda, que já teve R$ 20 milhões bloqueados na Operação Integration, seria responsável por "ocultar valores provenientes dos jogos ilegais da HSF Entretenimento Promoção de Eventos" – o nome oficial da Esportes da Sorte, considerada o pivô do esquema. CEO da empresa, Darwin Henrique da Silva Filho está preso preventivamente. 

A investigação mostra que a Esportes da Sorte pagou R$ 4.819.200,00, em abril de 2023, e R$ 4.947.400,00, em maio daquele ano, à empresa do cantor.

Já da Vai de Bet, a Balada Eventos teria recebido R$ 22.232.235,53 em oito transações. De acordo com a decisão, esse valor seria para "dissimular" venda de uma jatinho Cessna Aircraft, modelo 560XLS, que foi apreendido na ação policial.

Outra suspeita levantada pelo inquérito é que a empresa GSA, representante da Balada Eventos, recebeu mais R$ 5,75 milhões, por meio de uma facilitadora de pagamentos, e R$ 200 mil por envio direto. "Caso idêntico fora constatado e informado no Relatório entre a investigada Deolane Bezerra Santos e a Esportes da Sorte", diz a decisão.

Os investigadores descobriram, ainda, que a GSA transferiu R$ 1,35 milhão diretamente para a conta de Gusttavo Lima no decorrer de 2023.

No cofre da Balada Eventos, os policiais encontraram um montante de R$ 112.309, £ 5.925 (R$ 43,7 mil) e U$ 1.005 (R$ 5,56 mil). Na investigação, o dinheiro é atribuído a "jogos ilegais" da Esportes da Sorte e da Vai de Bet. 

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