FRANÇA

Ministro da Economia da França afirma que é grave a situação financeira do país

O déficit público do país aumentou no ano passado para 5,5% do Produto Interno Bruto (PIB), quando a previsão orçamental era de 4,9%

Publicado em: 24/09/2024 17:28

Ministro da Economia da França, Antoine Armand (foto: GEOFFROY VAN DER HASSELT / AFP)
Ministro da Economia da França, Antoine Armand (foto: GEOFFROY VAN DER HASSELT / AFP)

O novo ministro da Economia francês, Antoine Armand, afirmou hoje que a situação financeira do país é realmente grave, porque o déficit é um dos piores da história nos últimos 50 anos, excetuando-se um ou dois anos de crise excepcional que atravessaram.

 

Armand confirmou o que o novo primeiro-ministro da França, Michel Barnier, declarou recentemente. “A França está numa situação financeira muito grave, com uma dívida pública de mais de três bilhões de euros. Mas não será aumentado ainda mais os impostos a todos os franceses, que já pagam mais impostos do que os outros cidadãos europeus", disse na ocasião.

 

O déficit público do país aumentou no ano passado para 5,5% do Produto Interno Bruto (PIB), quando a previsão orçamental era de 4,9%, devido a receitas muito inferiores às previstas. O Tesouro previu que a França terminará este ano com um déficit de 5,6%, longe do limite máximo de 3% recomendado pelas regras europeias do bloco, e também com uma dívida de 112% do Produto Interno Bruto (PIB). Tendo em conta esta situação e as perspectivas, a Comissão Europeia abriu um procedimento de supervisão do déficit excessivo para a França.

 

Armand já admitiu que há planos de elevar impostos sobre ricos e as grandes empresas com lucros, no entanto esta é uma responsabilidade que cabe ao ministro das Finanças, Laurent Saint-Martin, que será responsável pela elaboração do orçamento para 2025, sob a supervisão do primeiro-ministro. "Vamos trabalhar à altura da gravidade da situação. Aqueles que possuem ativos muito elevados são os que podem talvez contribuir mais na condição atual", apontou. 

 

Porém, quando questionado sobre o restabelecimento do imposto sobre o patrimônio (ISF), que foi abolido pelo presidente Emmanuel Macron logo após a sua tomada de posse em 2017, o ministro da Economia respondeu que isso foi feito para que o dinheiro de muitas pessoas ricas pudesse ser investido na economia e que se tem de olhar para o assunto de modo global.

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