GUERRA

Reino Unido suspende parte da exportação de armas a Israel

Decisão acontece após uma análise de dois meses do novo governo trabalhista, que considerou existir um risco claro de utilização indevida das armas

Publicado em: 02/09/2024 14:58

 (Foto: Unsplash
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O governo britânico anunciou que decidiu suspender 30 licenças de exportação de armas para Israel devido a preocupações com potenciais violações do direito internacional na Faixa de Gaza.
 
O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, David Lammy, declarou os receios de que as armas do país, incluindo componentes para aviões de combate, helicópteros e drones, possam ser usadas na violação das regras humanitárias.
 
A decisão acontece após uma análise de dois meses do novo governo trabalhista, que considerou existir um risco claro de utilização indevida das armas. E, mesmo que não haja confirmação de uma relação direta com a destruição em Gaza, a escala dos danos causados aos civis gerou grandes preocupações.
 
Lammy também criticou Israel por não fazer o suficiente para garantir que alimentos e medicamentos que salvam vidas cheguem aos civis em Gaza e enfatizou que Tel Aviv pode melhorar os seus esforços para facilitar a ajuda. O chanceler britânico ainda expressou preocupação com os relatos credíveis de maus tratos a detidos, citando problemas de acesso do Comitê Internacional da Cruz Vermelha. “Apesar dos repetidos apelos do Reino Unido e dos seus aliados, o governo israelense não deu resposta adequada a estas preocupações”, destacou.
 
Já o grupo britânico de justiça social, Global Justice Now, condenou a decisão do Reino Unido de suspender 30 das 350 licenças de exportação de armas para Israel, considerando-a uma "proibição parcial" que põe em risco a cumplicidade de Londres em crimes de guerra. “A suspensão parcial é insuficiente e como reduzir o abastecimento de gasolina de um incendiário perigoso. O governo deve implementar um embargo de armas total e completo”, disse Tim Bierley, do Global Justice Now.
 
Por outro lado, o ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, criticou a medida, afirmando que esta envia uma mensagem problemática ao Hamas e ao Irã.
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