MUDANÇAS

Adutoras e barragens: Governo assina ordens de serviços e autorizações para obras em programa de R$ 6,1 bilhões

O objetivo do programa Águas de Pernambuco é combater a escassez hídrica e melhorar a infraestrutura de saneamento no Estado.

Publicado em: 16/10/2024 14:39 | Atualizado em: 16/10/2024 16:18

 (Foto: Marina Torres/ DP)
Foto: Marina Torres/ DP
No lançamento do programa Águas de Pernambuco, que prevê investimentos de R$ 6,1 bilhões em abastecimento e saneamento, o Governo assinou, nesta quarta (16), ordens de serviço e autorizações  para várias obras. 
 
Veja os atos assinados pela governadora Raquel Lyra:
 
  • Contrato para execução da obra da Barragem Gatos, no município de Lagoa dos Gatos, na Mata Sul;
  • Ordem de serviço para atualização do projeto da Barragem Barra de Guabiraba, no município de mesmo nome, no Agreste;
  • Autorização do processo licitatório para atualização do projeto da barragem de São Bento do Una, no Agreste; 
  • Autorização da licitação para as obras das barragens de Engenho Pereira, no município de Moreno, Grande Recife, e Igarapeba, na Mata Sul; 
  • Autorização para abertura de licitação para a obra Adutora de Negreiros, que vai levar água da transposição do Rio São Francisco para o Sertão do Araripe;
  • Autorização da homologação da licitação para implantação do Sistema Adutor do Agreste, permitindo a entrega de água a Toritama e Santa Cruz do Capibaribe.
A meta do Águas de Pernambuco é combater a escassez hídrica e melhorar a infraestrutura de saneamento no estado. Os recursos bilionários serão distribuídos para projetos de abastecimento de água e esgotamento sanitário, a serem executados nos próximos anos. Dos R$ 6,1 bilhões que serão investidos, R$ 3,9 bilhões são para ações voltadas à água e R$ 2,2 bilhões para esgoto. 
 
Como foi

O evento contou com a presença de diversas autoridades, entre elas Alex Campos, presidente da Compesa; Almir Cirilo, secretário de Recursos Hídricos e Saneamento de Pernambuco; Suzana Montenegro, diretora da Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC); além de deputados estaduais e prefeitos de municípios beneficiados pelas obras. 

Em discurso, Raquel Lyra destacou a importância da água para diversas finalidades, desde o saneamento básico até a produção econômica. “Água para saneamento, para irrigação, para a produção no polo cervejeiro. Sabemos que ela é útil para muitas coisas, mas ainda tem gente que não tem água sequer para tomar banho, que nunca teve direito a um chuveiro em casa”, afirmou a governadora.  

Ela pontuou que o Governo está focado em entregar água para as pessoas com mais qualidade, frisando que, atualmente, cerca de 1,8 milhão de pernambucanos não têm acesso regular à água.
 
“Esses investimentos visam garantir água para quem não tem e reduzir o rodízio, que é muito severo em várias regiões”, concluiu. 

Alex Campos, presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), também estava presente no evento e reforçou a importância dos investimentos. 
 
"Estamos falando de R$ 6 bilhões, dos quais 4 bilhões serão executados pela Compesa. Esses recursos serão distribuídos entre projetos de abastecimento de água e saneamento, com cerca de 1,5 bilhão destinados à requalificação de grandes sistemas na Região Metropolitana do Recife", explicou Alex.   

Ele ainda ressaltou que o plano é expandir o acesso à água até 2026, atingindo 99% da população. "Pernambuco vive uma realidade crítica com rodízios severos em diversas cidades. O objetivo é reduzir esses rodízios e permitir que municípios como São Bento do Una, que hoje enfrentam 26 dias sem água para apenas 4 dias com água, possam sonhar com o fim do racionamento", pontuou o presidente. 
 
Estação Elevatória de Água Bruta da Adutora do Agreste (Foto: Divulgação/Compesa)
Estação Elevatória de Água Bruta da Adutora do Agreste (Foto: Divulgação/Compesa)
 

Almir Cirilo, Secretário de Recursos Hídricos e Saneamento, destacou que a maior dificuldade do setor tem sido a conclusão de obras paralisadas por falta de recursos. O secretário ainda mencionou que o desafio não é apenas fornecer água, mas também aumentar a cobertura de esgotamento sanitário, que hoje atende menos de 30% da população.  

A diretora da Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), Suzana Montenegro, explicou o papel da agência no desenvolvimento de estudos técnicos para garantir a eficiência das obras. "A APAC é responsável pelo monitoramento e regulação do uso da água. Apesar de ter uma fatia menor dos investimentos, com 12 milhões de reais, estamos focados na modernização de sistemas de monitoramento e na elaboração de planos que garantam a segurança hídrica do estado". 
 
Cobrança
 
No evento, Edmilson Rosa, morador do município de Carnaubeira da Penha, no Sertão,  elogiou as iniciativas, mas destacou algumas necessidades locais. 
 
“Com a água do rio São Francisco, vimos uma mudança significativa no nosso município, mas ainda precisamos de sistemas simplificados de abastecimento e novas barragens de médio porte”, afirmou o morador, reforçando que as ações ainda precisam chegar a todas as regiões. 

A expectativa é que os primeiros resultados sejam concluídos até o primeiro semestre de 2025. O programa Águas de Pernambuco é dividido em quatro eixos: Segurança Hídrica, Abastecimento de Água, Coleta e Tratamento de Esgoto, e Saneamento Rural.
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