LAVAGEM DE DINHEIRO

Justiça nega novo pedido de desbloqueio de bens de empresa de Gusttavo Lima

A decisão foi tomada pela juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife

Publicado em: 18/10/2024 19:17

Já é a segunda vez que o pedido de desbloqueio de bens do cantor é negado pela Justiça (Foto: Marcus Soares)
Já é a segunda vez que o pedido de desbloqueio de bens do cantor é negado pela Justiça (Foto: Marcus Soares)
O pedido da defesa do cantor sertanejo Gusttavo Lima para desbloquear os bens da empresa Balada Eventos e Produções foi negado pela juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, nesta sexta-feira (18)

Desde o dia 23 de setembro, o patrimônio do artista está bloqueado, mesmo dia em que ele teve a prisão preventiva decretada após ser um dos alvos da Operação Integration, da Polícia Civil de Pernambuco, que investiga lavagem de dinheiro.

Já é a segunda vez que o pedido de desbloqueio de bens do cantor é negado pela Justiça. Estão bloqueados R$ 20 milhões da Balada Eventos e Produções, além de bens como um jatinho do modelo Cessna Aircraft 560 XLS, carros de luxo, imóveis e embarcações.

De acordo com a apuração da Operação Integration, o jatinho está no nome da produtora Balada Eventos, empresa responsável pelos shows de Gusttavo Lima, e foi vendido duas vezes para pessoas investigadas na operação.

A defesa de Gusttavo Lima alegou que os bens da empresa foram adquiridos com dinheiro do próprio caixa e que a legalidade das atividades empresariais nunca foram contestadas.

Em contrapartida, a juíza destacou que não há novos fatos que justifiquem a liberação dos bens da Bala Eventos e Produções Ltda e que os fundamentos que motivaram a decisão de bloqueio continuam válidos.

A magistrada ainda destacou que há “fortes indícios” de que a empresa e o artista estão envolvidos em um extenso esquema de lavagem de dinheiro proveniente do jogo do bicho e outros jogos de azar, como apostas esportivas e cassinos online”.

Na decisão, a juíza ainda citou que Gusttavo Lima foi indiciado pelos crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores. O pedido de transferência do caso para a Justiça da Paraíba também foi negado. Este último foi solicitado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

Relembre o caso

A Operação Integration prendeu a influencer Deolane Bezerra, a mãe dela, Solange, e outros suspeitos em setembro deste ano. O cantor Gusttavo Lima chegou a ter a prisão decretada, mas ela foi revogada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) no dia 23 de setembro.

De acordo com as invetsigações da Polícia Civil, Gusttavo Lima também teria ajudado os donos da Vai de Bet a escaparem da Justiça durante uma viagem à Grécia.

A suspeita da polícia é de que a Balada Eventos, empresa do cantor, também fazia um esquema de lavagem de dinheiro de jogos ilegais.

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