LITERATURA

Livro 'Dagunda' convida as crianças a um mundo de mistérios

Estreia infantojuvenil do autor pernambucano Carlos Gomes Oliveira, obra com três diferentes narrativas é novo lançamento da Cepe

Publicado em: 28/10/2024 16:46

 (Foto: Leopoldo Conrado Nunes)
Foto: Leopoldo Conrado Nunes
Novo livro infantojuvenil que acaba de ser lançado pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), Dagunda é a estreia do autor pernambuycano Carlos Gomes Oliveira para as crianças de todas as faixas etárias. Lançado na Fundação Gilberto Freyre no último domingo (27), a obra surgiu durante a pandemia, quando o escritor viu a palavra-título em uma parede da casa de um amigo. Com 64 páginas e três narrativas diferentes, o livro apresenta 'Dagunda' com significados diversos, ora é um cão, ora é gente, ora é um lugar.

“Quando olhei essa parede cheia de desenhos, feitos por muitas mãos, e ainda mais essa palavra, numa primeira vista, enigmática, brinquei com eles: ‘Tem uma história nessa parede, hein.’ Na mesma noite, de volta à minha casa, escrevi o texto de abertura do livro Dagunda, que permanece igual até hoje”, afirma Carlos Gomes Oliveira. 

Como lugar, Dagunda é um brejo onde mora Pedro, a criança que pesca animais exóticos, ordenha vacas, joga bola e corre livre pelo mato. É também o paraíso de Ricardo III, o menino que não queria ser rei. Como bicho, Dagunda é um cão que “acorda vagarosamente, como se sentisse que o dia não teria muita graça” e corre com a cara pertinho do chão para “farejar a felicidade.” Como gente, é uma criança que “vive debaixo de uma grande árvore, a árvore dos frutos estranhos.”

Na vida real, “Dagunda era a tentativa de Sereno chamar pela mãe, Bruna”, esclarece Carlos Gomes Oliveira. Segundo ele, o livro é indicado para crianças de todas as faixas etárias. “Mas acredito que para as mais novas, abaixo dos 9 anos de idade, é preciso um acompanhamento na leitura, uma mediação que faça da leitura um diálogo entre texto, imagem e imaginação em torno dos muitos “Dagundas” das histórias”, observa.

Carlos Gomes Oliveira é formado em Letras e aprendeu a ler ouvindo música. É poeta, músico, editor, pesquisador e autor dos livros exôdo (poesia, 2016, vencedor do Prêmio Pernambuco de Literatura), canções iluminadas de sol (ensaio, 2018), canções não (poesia-disco, 2019), nunca é triste um corpo que fala eu te amo (poesia, 2023), entre outros. Filipe Aca, recifense, é designer com atuação nas áreas de ilustração e editorial.
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