GUERRA NA UCRÂNIA

Milhares de norte-coreanos a serviço de Moscou vão combater na Ucrânia

Relatórios das agências secretas ocidentais recentemente revelaram que a Coreia do Norte forneceu armas a Rússia

Publicado em: 17/10/2024 16:43

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, e Vladimir Putin assinaram um acordo secreto de ajuda mútua em junho deste ano (foto: Handout / 24th Mechanized Brigade of Ukrainian Armed Forces / AFP)
O líder norte-coreano, Kim Jong-un, e Vladimir Putin assinaram um acordo secreto de ajuda mútua em junho deste ano (foto: Handout / 24th Mechanized Brigade of Ukrainian Armed Forces / AFP)

Nesta quinta-feira (17), o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que marca presença na reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas, garantiu que dez mil soldados norte-coreanos estão sendo preparados para combater junto às forças russas na guerra contra a Ucrânia.

 

Relatórios das agências secretas ocidentais recentemente revelaram que a Coreia do Norte forneceu armas a Rússia e que estava enviando um grande número de militares para combater ao lado dos russos. Esta semana, o jornal ucraniano Kyiv Post avançou que quase três mil soldados norte-coreanos, munidos de armas, estavam a caminho da Rússia, para participarem de operações de alto risco destinadas a reduzir a pressão sobre as tropas russas.

 

Durante a Cúpula, o líder da Ucrânia, na qual defendeu para os membros da União Europeia seu “plano de vitória” contra a Rússia, apelou por mais ajuda e confirmou ter informações dos serviços de inteligência ucranianos que indicaram que oficiais norte-coreanos já estão na zona ocupada na Ucrânia pelos russos. “Eles já se juntaram ao exército russo. O estreitamento dos laços entre os dois países está entrando em uma nova fase e mais preocupante”, garantiu Zelensky.

 

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, e Vladimir Putin assinaram um acordo secreto de ajuda mútua em junho deste ano.

 

“Putin busca envolver outras partes nesta guerra devido às pesadas perdas sofridas pelo exército da Rússia e os custos do conflito, porque receia que uma mobilização de recrutamento em solo russo que o tornaria muito impopular”, argumentou Zelensky.

 

Uma publicação  do jornal norte-americano New York Times divulgou que setembro passado foi o mês mais sangrento até agora para as tropas russas. Desde o início da guerra foram reportados cerca de 115 mil russos mortos e 500 mil feridos.

 

Já a agência de notícias France-Press (AFP), citou dias atrás que seis militares da Coreia do Norte morreram num ataque com mísseis ucranianos perto de Donetsk, no leste ocupado do país.

 

O porta-voz presidencial do Kremlin, por sua vez, negou esta informação.


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