Saúde

Outubro Rosa; Recife oferece mais de 3 mil exames de mama gratuitos; confira

Para participar do Mamógrafo Móvel, basta ser mulher ou homem trans. morador da cidade, e apresentar documento de identificação, cartão do SUS e comprovante de residência

Publicado em: 01/10/2024 12:50 | Atualizado em: 01/10/2024 13:03

Mamógrafo móvel tem programação no Outubro Rosa (Foto: Prefeitura do Recife )
Mamógrafo móvel tem programação no Outubro Rosa (Foto: Prefeitura do Recife )
Nesta terça-feira (1), tem início o Outubro Rosa, mês dedicado à conscientização sobre a prevenção e a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama. 

A Secretaria de Saúde do Recife (Sesau) preparou uma série de ações, com destaque para a oferta de 3.200 vagas de exames de mamografia gratuitas e sem necessidade de agendamento. 

A abertura oficial da campanha acontece no térreo do Edifício-sede da Prefeitura do Recife (PCR), bairro do Recife.
 
Além do Mamógrafo Móvel, haverá testagem rápida para infecções sexualmente transmissíveis (IST), vacinação, auriculoterapia, aferição de pressão arterial e de índice de massa corporal (IMC), orientações sobre saúde bucal e ambiental, entre outros serviços, das 13h às 17h.

Como participar 

A programação no térreo da Prefeitura do Recife (PCR) será aberta aos trabalhadores municipais e ao público. 
 
Para participar do Mamógrafo Móvel, basta ser mulher ou homem trans residente no Recife e apresentar documento de identificação, cartão do SUS e comprovante de residência. 

Este mês, o Mamógrafo Móvel estará disponível em 40 pontos, de segunda a sábado (exceto no feriado de Nossa Senhora Aparecida - 12 de Outubro), contemplando todos os oito Distritos Sanitários da cidade. A lista completa pode ser conferida aqui https://bit.ly/mamografo_outubro2024. 

Serão sempre 80 vagas por caminhão, sendo 40 de manhã e 40 de tarde. O resultado sairá em até 30 dias e poderá ser retirado na unidade que recebeu a ação – ou na mais próxima, caso o exame tenha sido feito em algum posto descentralizado.

Importância do exame 

A mamografia permite descobrir o câncer quando a doença continua incipiente e os tumores são pequenos, imperceptíveis ao toque, e as chances de cura são maiores: chegam a até 95%, conforme os novos estudos internacionais, quando a paciente conta com acompanhamento adequado. Infelizmente, mais de 40% dos casos no país são descobertos em estágios avançados e apenas 34% no SUS e 48% na rede privada conseguem começar o tratamento no prazo de 60 dias estabelecido pela Lei nº 12.732/12.

O baixo custo  e a possibilidade de encontrar tumores em fases iniciais tornam a mamografia indispensável na luta contra a mortalidade do câncer de mama.

A doença leva cerca de 18 mil brasileiras a óbito e tem 74 mil casos diagnosticados anualmente no país, de acosto com estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca). 

A doença é o segundo tipo mais comum de câncer entre as mulheres no mundo - atrás apenas do câncer de pele não melanoma - e corresponde a cerca de 20,3% dos novos casos identificados no Brasil. 

Uma das preocupações dos médicos especialistas é com relação ao autoexame, composto pela palpação da mama para identificar possíveis alterações. Embora tenha sido amplamente divulgado por campanhas na década passada e ainda apareça em algumas campanhas de Outubro Rosa, ele sozinho não é suficiente para diagnosticar o câncer em estágios iniciais, pois o nódulo maligno precisa ter crescido para ser sentido pelo toque da paciente.
 
O impacto do estímulo equivocado é intensificado pela força das redes sociais.

"O autoexame é muito importante para a mulher poder se conhecer, perceber as alterações. Mas ele não substitui os exames de imagem, mesmo quando a mulher não consegue perceber alguma mudança. Os exames de rastreamento são fundamentais. Na maioria da população, o recomendado é a mamografia anual a partir dos 40 anos. Mas, em mulheres com risco mais elevado, como histórico familiar, alguma radiação do tórax ou biópsia com lesões chamadas precursoras do câncer, pode ser indicada uma redução da idade inicial ou outros exames", explica a médica Mirela Ávila, radiologista mamária.
MAIS NOTÍCIAS DO CANAL