SEGURANÇA

Pernambuco recebe primeira fábrica que fará fardamentos dos detentos do sistema prisional

A fábrica, iniciativa pioneira do Governo de Pernambuco, está instalada na Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru, de onde sairão 280 mil peças anualmente para 25 unidades prisionais

Publicado em: 25/10/2024 18:10

De acordo com o secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização, Paulo Paes, até junho de 2025 todos os detentos do regime fechado e semiaberto estarão fardados (Foto: Franci Almeida e Amanda Claudino/SEAP)
De acordo com o secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização, Paulo Paes, até junho de 2025 todos os detentos do regime fechado e semiaberto estarão fardados (Foto: Franci Almeida e Amanda Claudino/SEAP)
A primeira unidade fabril, que irá produzir fardamentos para detentos de todo o sistema penitenciário de Pernambuco, foi inaugurada na manhã desta sexta-feira (25). A fábrica será instalada na Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru, Agreste do Estado. 

De acordo com a  Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização, 280 mil peças de roupas, incluindo camisas, bermudas e calças, devem ser produzidas anualmente pela fábrica. As vestimentas serão destinadas para 25 estabelecimentos penais, incluindo a nova unidade Policial Penal Leonardo Lago, localizada na Região Metropolitana do Recife.

A fábrica ocupa uma área de cerca de 130m² e vai empregar 40 pessoas privadas de liberdade (PPLs). Os equipamentos foram doados pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN). São 29 máquinas de costura, quatro máquinas de corte e mesa de corte. 

De acordo com o secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização, Paulo Paes, até junho de 2025 todos os detentos do regime fechado e semiaberto estarão fardados.  

“Estamos atendendo a uma meta do Juntos pela Segurança em que a SEAP pactuou o aumento para 40% de presos trabalhando ou estudando até 2026, meta essa que já alcançamos e vamos chegar em 2026 com 62%. O papel fundamental da SEAP é a ressocialização, queremos devolver essas pessoas privadas de liberdade melhores para a sociedade, e o trabalho e o estudo são os melhores caminhos”, informou Paes. 

A mão de obra das PPLs está presente também na reforma do espaço onde contou com o trabalho de 20 detentos. 

“É importante que as pessoas que cumprem pena na PJPS entendam que a criação da fábrica é uma oportunidade para que possam voltar para a sociedade com outro pensamento. É para isso que fomentamos cada vez mais as capacitações, estudo e trabalho”, destacou o gerente da PJPS, Romero Timóteo. Bruno Serafim, 28 anos, há três na PJPS, fala sobre a oportunidade. “Agradeço a todos por nos valorizar e acreditar que a gente tem jeito. Costumo dizer que a gente erra, mas é com os nossos erros que a gente aprende a consertar. Chegou o momento de escolher as coisas certas”, afirmou o detento. 

Os concessionários vão trabalhar das 8h às 17h, com intervalo para almoço. Todos são remunerados e têm direito à remição de pena. 

 

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