INVESTIGAÇÃO

PGR liga trama golpista de Bolsonaro aos atos de 8 de janeiro

Segundo o Uol, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, indicou que os acusados pela suposta tentativa de golpe podem ser cobrados financeiramente pelos prejuízos

Publicado em: 18/10/2024 08:19

Barroso diz que alegação de inocência de réus do 8 de janeiro é ''mito''
 (Crédito: EBC)
Barroso diz que alegação de inocência de réus do 8 de janeiro é ''mito'' (Crédito: EBC)

Pela primeira vez desde o início das investigações, a Procuradoria-Geral da República (PGR) estabeleceu uma conexão direta entre a trama golpista articulada por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro e os atos violentos de 8 de janeiro de 2023.

Naquela data, manifestantes inconformados com o resultado das eleições de 2022 invadiram e vandalizaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, resultando em um cenário de caos e destruição no coração político do Brasil. As informações foram divulgadas pelo portal UOL. 

Segundo o site, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, detalhou essa ligação em um documento sigiloso enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) em junho deste ano. Esse relatório representa um marco nas investigações, ao sugerir que as ações dos acusados na tentativa de golpe de Estado não foram apenas atos isolados, mas sim parte de uma estratégia orquestrada por apoiadores de Bolsonaro.

Além disso, o procurador-geral apontou a possibilidade de que os envolvidos possam ser responsabilizados financeiramente pelos danos causados aos cofres públicos. O valor estimado dos prejuízos gira em torno de R$ 26 milhões, referentes à destruição de patrimônio público durante a invasão ao Congresso Nacional, ao STF e ao Palácio do Planalto.

“Os elementos de convicção até então colhidos indicam que a atuação da organização criminosa investigada foi essencial para a eclosão dos atos depredatórios ocorridos em 8.1.2023”, escreveu Gonet, no documento apresentado no âmbito do inquérito da Polícia Federal (PF) segundo o UOL.

Os atos de 8 de janeiro ocorreram apenas uma semana após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em um momento de tensão política exacerbada. Simpatizantes do governo anterior, inconformados com a derrota de Bolsonaro nas urnas, promoveram um ataque sem precedentes às instituições democráticas do país, causando choque tanto no Brasil quanto internacionalmente.

O próximo passo será a avaliação do STF sobre as provas apresentadas pela PGR, que podem redefinir os rumos do processo e suas implicações políticas e jurídicas.

As informações são do Correio Braziliense.
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