VISTORIA

Sintepe identifica problemas em alimentação de escola estadual na Zona da Mata

Entre as irregularidades estavam a cozinha improvisada e falta de diversidade na merenda

Publicado em: 21/10/2024 21:32 | Atualizado em: 21/10/2024 22:08

A atividade foi realizada no Dia Nacional da Alimentação Escolar e o Sintepe destacou que foram constatadas diversas irregularidades no fornecimento, preparo e armazenamento da merenda (Foto: Reprodução/Sintepe)
A atividade foi realizada no Dia Nacional da Alimentação Escolar e o Sintepe destacou que foram constatadas diversas irregularidades no fornecimento, preparo e armazenamento da merenda (Foto: Reprodução/Sintepe)
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) identificou problemas na alimentação oferecida para os alunos da  Escola Estadual Severino Gouveia de Lima, no Município de Itaquitinga, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, durante uma visita realizada nesta segunda-feira (21).

A atividade foi realizada no Dia Nacional da Alimentação Escolar e o Sintepe destacou que foram constatadas diversas irregularidades no fornecimento, preparo e armazenamento da merenda. Segundo o sindicato, já existe desde 2014 um projeto para a construção da cozinha, mas nada foi feito.

Entre os problemas identificados estão o da cozinha improvisada, com o botijão de gás dentro da cozinha e ao lado do fogão. Os refrigeradores estavam em espaço inadequado, com a presença de animais de rua, tal como o uso de um tijolo para sustentar uma das pernas do eletrodoméstico. 

Além disso, estudantes teriam relatado a falta de diversidade da merenda e a proximidade dos banheiros da escola com a cozinha improvisada.

Em conversa com o Sintepe, os estudantes teriam alegado que acabam recorrendo à compra de lanches em fiteiros na área exterior da instituição, o que não é permitido. A direção do sindicato também constatou áreas descobertas onde se armazena a merenda. 

"Já entregamos relatórios, não só desta, mas de outras instituições da rede estadual ao Governo do Estado e à Secretaria de Educação, no entanto, as providências não têm sido tomadas para satisfazer as necessidades básicas dos alunos, como refeitório, cozinha e alimentação de qualidade, o que nos impede de comemorar o dia de hoje, como deveríamos", disse  José Joaquim, representante do Conselho de Alimentação Escolar de Pernambuco (CAE).

Já a Presidenta do Sintepe, Ivete Caetano, enfatizou o papel do sindicato na luta por uma educação de qualidade, que não engloba apenas os educadores, mas também os estudantes e o direito à escola pública de qualidade. 

"Essa escola é um exemplo daquilo que não se pode em um ambiente escolar. Nosso compromisso é com a qualidade do ensino, da infraestrutura e com a garantia de direitos para todos. A falha está no poder público, que não garante uma alimentação escolar, no sentido da garantia de direitos. É perceptível o quanto as exigências padrões não são atendidas aqui. Não pode!", afirmou a presidenta do Sintepe, Ivete Caetano.

Estiveram presentes na visita a presidenta do Sintepe, Ivete Caetano, a vice-presidenta, Cintia Sales, a diretora do Educacional Marília Cibelli, os membros do Conselho de Alimentação Escolar de Pernambuco (CAE), José Joaquim, Jerônimo Galvão e Edneuza Hermógenes, além da Frente Parlamentar contra a Fome e o direito à Segurança Alimentar representada pela deputada estadual, Rosa Amorim.
 
O Sintepe, juntamente com seus membros no Conselho de Alimentação Escolar de Pernambuco, se comprometeram em buscar uma resposta do Governo do Estado para retornar com as melhorias que os estudantes e os trabalhadores da instituição têm direito.

O Diario de Pernambuco entrou em contato com a Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.

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