VENEZUELA

Urrutia afirma que tomará posse como presidente eleito da Venezuela

Urrutia disse que poderá antecipar o regresso ao país, uma vez que Nicolas Maduro antecipou o Natal

Publicado em: 04/10/2024 16:56

Político e dirigente da oposição ao regime venezuelano, Edmundo González Urrutia (foto: UAN BARRETO / AFP)
Político e dirigente da oposição ao regime venezuelano, Edmundo González Urrutia (foto: UAN BARRETO / AFP)

O político e dirigente da oposição ao regime venezuelano, o ex-diplomata Edmundo González Urrutia, atualmente exilado na Espanha, afirmou hoje que tomará posse como presidente da Venezuela.

 

"São duas personagens distintas. Juan Guaidó (ex-presidente interino da Venezuela) teve uma designação da Assembleia Nacional, eu tive o apoio de 8 milhões de venezuelanos.  Vou tomar posse no dia 10 de janeiro como presidente da Venezuela", indicou durante uma coletiva de imprensa.

 

Ao ser questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de deixar o exílio espanhol e retornar ao seu país antes de 10 de janeiro, Urrutia comentou que também poderá antecipar o regresso, uma vez que Nicolas Maduro antecipou o Natal. "Se Maduro antecipou o Natal, também poderei antecipar o meu regresso", disse.

 

Em relação a Maduro, após tomar posse como presidente eleito da Venezuela, Urrutia garantiu que será o que ele deseje, mas que permanecer no país terá de aceitar as condições.

 

A Venezuela realizou eleições presidenciais em 28 de julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória a Nicolás Maduro com pouco mais de 51% dos votos. Enquanto isso, a oposição venezuelana contestou os dados oficiais e alegou que o seu candidato, Edmundo González Urrutia, obteve quase 70% dos votos.

 

Muitos países denunciaram uma fraude eleitoral e exigiram que fossem apresentadas as atas de votação para uma verificação independente, que nunca foram divulgadas. A maioria da comunidade internacional não reconheceu o resultado.

 

Os resultados eleitorais também foram contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança do regime de Maduro. De acordo com as autoridades locais houve mais de 2.400 detenções, 27 mortos e 192 feridos.


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