SAÚDE
Caruaru recebe mutirão gratuito de acompanhamento de crianças com microcefalia
A ação será realizada no domingo (10) pela Secretaria Estadual de Saúde
Por: Adelmo Lucena
Publicado em: 08/11/2024 15:23
A microcefalia é uma anomalia congênita caracterizada pela redução do perímetro cefálico (Foto: TV Brasil) |
Um mutirão de saúde gratuito será realizado neste domingo (10) para avaliação de 43 crianças diagnosticadas com microcefalia decorrente da síndrome congênita do Zika vírus. A ação é realizada pela Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) na Unidade Pernambucana de Atenção Especializada (UPAE) de Caruaru, no bairro Santa Rosa, a partir das 7h.
Os atendimentos fazem parte de um programa que acompanha estas crianças, assegurando que recebam a intervenção ortopédica necessária. Entre os procedimentos realizados estão exames físicos e raios-X da bacia para verificar a presença de luxações e determinar quais crianças precisam de cirurgia, além de indicar os tipos de órteses, próteses e materiais especiais (OPME) necessários para cada caso.
O mesmo mutirão já foi feito no Recife para 72 crianças com microcefalia. Segundo a secretária estadual de Saúde, Zilda Cavalcanti, a iniciativa permite a melhoria da qualidade de vida das crianças que moram no Agreste e Sertão.
A ação será conduzida pelo cirurgião Epitácio Rolim, especialista em ortopedia e referência em procedimentos de quadril.
A microcefalia é uma anomalia congênita caracterizada pela redução do perímetro cefálico, que pode ser ocasionada por uma série de fatores genéticos e ambientais, como a ocorrência de Síndrome de Down no feto, a exposição da gestante a drogas, álcool ou outras toxinas e a infecção por rubéola durante a gravidez.
Além disso, a microcefalia pode ser causada pela Síndrome Congênita do Vírus Zika, que pode estar associada a convulsões, atrasos no desenvolvimento, deficiência intelectual, dificuldades motoras e de equilíbrio, além de comprometimento visual, auditivo e da fala.
Entre 2010 e 2019, 6.267 casos de microcefalia ao nascimento foram registrados no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), resultando na seguinte estimativa da prevalência brasileira ao nascimento: 2,15 casos a cada 10.000 nascidos vivos.
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