Ministério da Igualdade Racial
Cidadania e dignidade: Governos Federal e Estadual assinam adesão a plano voltado para juventude negra
Ministra Anielle Franco participou, nesta sexta (8), de solenidade, no Recife, com a governadora Raquel Lyra
Por: Mareu Araújo
Publicado em: 08/11/2024 15:52 | Atualizado em: 08/11/2024 16:16
Foto: Rafael Vieira/DP Foto |
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), assinaram a adesão do Estado ao Plano Juventude Negra Viva (PJNV).
Ele é considerado uma das mais importantes políticas de preservação da vida da juventude negra brasileira.
A solenidade aconteceu no Palácio Campo das Princesas, nesta sexta-feira (8).
“O Plano Juventude Negra Viva é um conjunto de ações que vai demandar um pouco de tempo. Não é um programa ou uma política que se resolverá de um dia para o outro; é uma responsabilidade compartilhada”, explicou Anielle Franco.
“O jovem negro não quer estar apenas vivo, ele quer estar vivo com dignidade. A juventude quer se alimentar, ter trabalho, circular livremente, mas precisa ter o direito de sonhar”.
Sancionado pelo presidente Lula em março deste ano, o PJNV possui 11 eixos que o orientam:
- Acesso à justiça e segurança pública;
- Promoção da saúde;
- Geração de trabalho, emprego e renda;
- Educação;
- Cultura;
- Ciência e tecnologia;
- Esporte;
- Meio ambiente, garantia do direito à cidade e valorização dos territórios;
- Assistência social;
- Segurança alimentar e nutricional;
- Fortalecimento da democracia.
Em sua fala, durante a solenidade, Raquel Lyra afirmou que Pernambuco "tem uma dívida" com a população que construiu a história do Estado.
“Estamos falando aqui da imensa maioria da população brasileira e pernambucana, que deseja ter seus direitos garantidos e que foram assegurados na Constituição Federal de 1988, mas que até hoje não se tornaram realidade na vida dessas pessoas”, pontuou.
A Constituição de 88, citada pela governadora, é a atual carta magna vigente no Brasil. Elaborada após o período da ditadura militar, trouxe alguns avanços importantes, entre eles a garantia de direitos e liberdades básicas, a criminalização do racismo e os direitos sociais, como educação, saúde e trabalho.
O PJNV foi construído, segundo Anielle, com a escuta dos jovens negros, durante a realização das Caravanas Participativas, que percorreram os 26 estados e o Distrito Federal. Ela conta que, nessas Caravanas, os jovens pediram direitos, cuidados com a saúde mental, empregabilidade, entre outras demandas.
“Eu espero que vire, sim, uma política de Estado, e não apenas uma política de governo. Que possamos dar esse pontapé inicial com o presidente Lula e a governadora Raquel, e deixar esse legado para que continue melhorando a vida da população”, declarou a ministra.
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