MERCADO CRIPTO

Efeito Trump: Bitcoin bate US$ 87 mil e segue em alta

Criptomoedas registram intensa valorização nesta segunda-feira (11/11), com mercado ainda em êxtase após eleição do republicano

Publicado em: 11/11/2024 22:34



O que os especialistas têm chamado de "Efeito Trump" causou impactos positivos para as moedas virtuais  (foto: Getty Images via AFP)
O que os especialistas têm chamado de "Efeito Trump" causou impactos positivos para as moedas virtuais (foto: Getty Images via AFP)
Após a vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos, as principais criptomoedas do mercado acumulam intensa valorização. O que os especialistas têm chamado de “Efeito Trump” causou impactos positivos para as moedas virtuais, a exemplo do bitcoin, que registrava um aumento diário de 9,3%, às 19h (horário de Brasília) desta segunda-feira (11/11), em valor equivalente a US$ 87.877 (ou R$ 505.165).

Desde o último dia 7 de novembro, o bitcoin acumula alta de mais de 17%, e renova a cada dia o maior valor de mercado desde o inicio da história da moeda virtual, ainda em 2008. Outras criptomoedas também seguem ritmo semelhante, como a ethereum, que registrava às 19h10 uma alta de 21,63%, além de binance coin (8,89%) e cardano (70,49%).

Para o especialista em Finanças e CEO da EWZ Capital, Henrique Castiglione, a valorização do bitcoin é resultado de dois principais fatores: o halving do bitcoin e o Efeito Trump.

O halving ocorre de quatro em quatro anos, em que o bitcoin tem a remuneração dividida pela metade. Este acontecimento é considerado uma forma de controlar a quantidade da criptomoeda em circulação. O último evento aconteceu em abril de 2024.

“Historicamente, de 6 a 12 meses após os halvings que aconteceram no passado, tivemos fortes rallys do Bitcoin. Em 2020, após o halving, em menos de um ano e meio, o bitcoin saltou de U$ 8,5 mil até o patamar de U$ 69 mil”, recorda.


Campanha favorável

Sobre os efeitos da eleição de Donald Trump, o especialista explica que o apoio do então candidato republicano durante a campanha às criptomoedas foi um sinal positivo para os investidores neste mercado.

“Não obstante, o mercado espera que junto ao ciclo de corte de juros que foi iniciado neste segundo semestre pelo Fed (Federal Reserve,o Banco Central dos EUA), o governo de Trump seja inflacionário, ou seja, que ele estimule o crescimento econômico, que tende a beneficiar ativos de risco, como os criptoativos e consequentemente o bitcoin”, destaca.

Na avaliação do especialista em investimentos na WIT, Yuri Landim, a alta das criptos pode representar uma oportunidade de diversificação e proteção para os investidores brasileiros, porém demanda uma avaliação cuidadosa devido aos riscos de volatilidade e de regulação. “No mercado de criptoativos, um dólar valorizado pode reduzir o apetite por ativos de risco. Mas, ao mesmo tempo, fortalece o apelo de criptos como reserva de valor em períodos de fraqueza do dólar”, pontua.


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