GUERRA

Em 48 horas, mais de 50 crianças morrem em Gaza

Últimos dados do Ministério da Saúde do enclave revelam que o conflito já matou 43.341 palestinos e outros 102.105 ficaram feridos

Publicado em: 04/11/2024 16:18 | Atualizado em: 04/11/2024 20:20

Homem palestino reage diante do corpo de uma criança morta em um ataque israelense, no hospital Nasser em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza (Foto: BASHAR TALEB / AFP)
Homem palestino reage diante do corpo de uma criança morta em um ataque israelense, no hospital Nasser em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza (Foto: BASHAR TALEB / AFP)
De acordo com o comunicado pelas autoridades de saúde da Faixa de Gaza, em 48 horas, mais de 50 crianças morreram em bombardeios a dois prédios residenciais. Também trinta e uma pessoas morreram no último domingo (3), num ataque israelense no norte do enclave, além de haver dezenas de feridos. 
 
Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), 14 mil crianças teriam sido mortas na guerra. "Dia após dia, as crianças estão pagando o preço por uma guerra que elas não começaram. A maioria delas perdeu um ente querido em circunstâncias muitas vezes terríveis.", declarou Jonathan Crickx, porta-voz da Unicef.
 
A ONU estima que quase todas as crianças em Gaza, aproximadamente um milhão, necessitam de assistência de saúde mental e alertou que aproximadamente cem mil pessoas ainda permanecem sitiadas nos campos de refugiados de Jabalia, Beit Lahia e Beit Hanoun sob bombardeios indiscriminados e privados de alimentos, água e cuidados médicos.
 
O gabinete de comunicação de Gaza também afirmou hoje que todos os hospitais do norte estão praticamente fora de serviço, em meio a ofensivas incessantes e de um cerco militar que impede o acesso à ajuda humanitária, incluindo material médico. O gabinete disse na rede social Telegram que 1.800 pessoas foram mortas e quatro mil ficaram feridas no norte do território palestino somente no mês passado. O comunicado acrescentou que as equipes de defesa civil foram atingidas durante o serviço e que algumas delas foram detidas ou impedidas de trabalhar, o que não permitiu retirar corpos sob os escombros.
 
Hoje, a Alemanha apelou a Israel para que permita a entrada de mais ajuda humanitária no norte da Faixa de Gaza, onde a falta de fornecimentos conduziu a uma situação “desesperada” e “insuportável”, afirmou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores alemão. “Apelamos ao governo israelense para que cumpra urgentemente as suas responsabilidades ao abrigo do direito internacional”, disse o porta-voz.
 
Os últimos dados do Ministério da Saúde do enclave revelam que o conflito já matou 43.341 palestinos e outros 102.105 ficaram feridos.
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