GUERRA
Intensos ataques no Líbano matam dezenas de pessoas e atingem soldados da ONU
A missão da UNIFIL, que inclui centenas de soldados europeus, afirmou ter sido repetidamente atacada pelo exército israelense nos últimos dias
Por: Isabel Alvarez
Publicado em: 07/11/2024 15:07
Membro ferido do batalhão malaio da UNIFIL senta-se no chão depois de ter sido ferido no local de um ataque aéreo israelense na entrada norte da cidade de Sidon (Foto: MAHMOUD ZAYYAT / AFP) |
Nesta quinta-feira (7), as forças de Israel atacaram novamente o sul de Beirute e vários alvos foram atingidos na capital libanesa. As forças de manutenção da paz da Força Interina da Organização das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) também ficaram feridas na sequência do bombardeio israelense ao seu veículo na entrada da cidade de Sidon, no sul do país.
A missão da UNIFIL, que inclui centenas de soldados europeus, afirmou ter sido repetidamente atacada pelo exército israelense nos últimos dias.
Já o exército de Israel comunicou que cinco dos seus soldados foram mortos durante os combates no sul do Líbano nas últimas semanas. Outros 16 ficaram feridos. O exército também disse que hoje as sirenes de ataque aéreo soaram na Galileia Ocidental, na Baía de Haifa e na Galileia do Norte, onde alguns dos cerca de 40 projéteis disparados pelo Hezbollah foram interceptados.
Além disso, cerca de 40 pessoas morreram na quarta-feira (6) e outras 53 ficaram feridas, nos 40 bombardeios aéreos israelenses na histórica cidade de Baalbek, no leste libanês, indicaram as autoridades médicas do país no último balanço divulgado. Segundo o Ministério da Saúde Pública do Líbano, o maior número de vítimas foi registrado na localidade de Al Naseriya, perto da passagem fronteiriça de Masnaa, entre a Síria e o Líbano, onde morreram 16 pessoas e 17 ficaram feridas. “Os trabalhos de remoção de destroços continuam e as operações de resgate estão em curso em busca por pessoas desaparecidas sob os escombros”, informou Bachir Khodr, governador desta região.
O Ministério registrou ainda mortes e feridos em outras sete cidades: Tamnine al Tahta, Al Ram, Al Sharqi, Al Shawagir, Al Ain, Al Ansar, Balmira e Al Nasiriya.
Nas últimas semanas, Israel intensificou os ataques no leste do Líbano e nas zonas fronteiriças com a Síria, também em território sírio, uma vez que as tropas israelenses alegam que o grupo xiita libanês Hezbollah armazena armas e munições na localidade.
Só no Líbano, desde o início dos confrontos entre Israel e o Hezbollah, já foram mortas mais de três mil pessoas e deslocadas mais de 1,2 milhões.
O novo líder do Hezbollah, Naim Qassem, garantiu que o movimento tem milhares de combatentes treinados para enfrentar o exército inimigo e avisou que nenhum lugar em Israel está "a salvo" dos mísseis e drones do grupo xiita pró-iraniano.
No entanto, Ibrahim al-Moussawi, legislador do Hezbollah, depois de ser questionado sobre a vitória eleitoral do candidato norte-americano Donald Trump defendeu um acordo de cessar-fogo, apesar de dizer que não deposita as suas esperanças que isso aconteça independente de qualquer administração dos Estados Unidos.
MAIS NOTÍCIAS DO CANAL
MAIS LIDAS
ÚLTIMAS