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Israel diz que está próximo de acordo de cessar-fogo no Líbano

Jornal informou que a proposta estará concluída ainda nesta semana.

Publicado em: 14/11/2024 16:39 | Atualizado em: 14/11/2024 16:42

 (AFP)
AFP

 

O ministro da Energia israelense, Eli Cohen, avançou hoje que Israel está mais perto do que nunca de chegar a um acordo sobre os combates com o Hezbollah, no entanto deve manter a liberdade de atuar dentro do Líbano caso qualquer acordo seja violado. “Penso que neste momento estamos mais próximo de um acordo do que alguma vez estivemos desde o início da guerra”, afirmou Cohen, que também é membro do gabinete de segurança.

 

No entanto, Cohen fez um aviso ao governo libanês. “Seremos menos indulgentes do que no passado em relação às tentativas de criar fortalezas em território próximo de Israel”, garantiu.

 

Mas, segundo a publicação do jornal The Washington Post, houve uma visita secreta do ministro israelense dos Assuntos Estratégicos, Ron Dermer, à Moscou além da viagem oficial aos Estados Unidos que teve inicio em Mar-a-Lago, um resort de luxo na Flórida, onde o presidente eleito norte-americano Donald Trump é proprietário e mora e, só depois ele seguiu para a Casa Branca para se encontrar com presidente Joe Biden. A mídia diz que este foi o percurso de Dermer nas últimas semanas com o objetivo de finalizar um acordo de cessar-fogo no Líbano para apresentar a Trump quando este assumir o poder.

 

O The Washington Post diz que a proposta estará concluída ainda nesta semana e já foi apresentada em uma reunião no domingo (10) a Trump e a um dos seus conselheiros, Jared Kushner, que deverá ser um mediador no Oriente Médio. O jornal afirma que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, quer terminar à ofensiva no Líbano até a posse de Trump para que o republicano regresse à Casa Branca com uma das suas promessas de campanha já cumprida, a de “pôr fim à guerra em 24 horas”.

 

“Há um entendimento que Israel deve oferecer algo a Trump, que em janeiro já haverá um acordo sobre o Líbano”, avançou um oficial israelense ao jornal norte-americano, sob anonimato. O acordo parece similar a uma proposta anteriormente já feita pela administração Biden, que inclui a retirada do Hezbollah do sul do Líbano, mediação de Washington e Londres e uma salvaguarda para Israel, que poderá continuar a agir nos limites daquilo que definem como legítima defesa, o que as autoridades libanesas classificam como inaceitável. Entretanto, o grande diferencial neste plano é a entrada na mediação da Rússia, o que explica a visita secreta de Dermer, no dia 27 de outubro, relatada por oficiais israelenses ao jornal.  Moscou deverá intervir para impedir que o Hezbollah use rotas na Síria para se rearmar, cumprindo assim a parte do acordo referente ao desarmamento do grupo xiita libanês.

 

Também especialistas disseram ao Washington Post que existe a possibilidade de Netanyahu até ceder por uma trégua temporária nos combates mesmo sob a administração democrata.

 

Mas, oficialmente o porta-voz de Dermer somente comentou que Trump e o ministro discutiram vários assuntos, sem entrar em detalhes.

 

Porém, outro oficial israelense, que não quis se identificar, contou que caso este acordo falhe a invasão no Líbano vai aumentar, ou pelas palavras ou pelas armas, porque Netanyahu quer pôr fim ao conflito no Líbano até 20 de janeiro. 

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