Um importante avanço para a conservação da fauna sul-americana foi registrado com o avistamento recente de um jovem gavião-real na selva misioneira, na Argentina. O episódio tem grande relevância, já que essa é uma das aves de rapina mais imponentes e raras do continente, conhecida por sua força e por se alimentar principalmente de mamíferos.
O registro ganha ainda mais destaque porque não havia relatos da espécie na região há mais de 20 anos. A reaparição do gavião-real reforça a necessidade de proteger a biodiversidade local e serve como um sinal positivo da recuperação e equilíbrio ambiental do ecossistema.
O registro fotográfico reforça a urgência de preservar os ambientes naturais para garantir a sobrevivência não apenas do gavião-real, mas também de inúmeras outras espécies que compartilham o mesmo habitat. Esse avistamento simbólico serve como um poderoso lembrete da importância da conservação ambiental em meio ao aumento das ameaças à biodiversidade.
O registro do jovem gavião-real, feito por Manuel Encabo e Sergio Moya, não aconteceu por acaso, mas sim como resultado de mais de duas décadas de pesquisa dedicada. Ao longo desse tempo, os especialistas percorreram reservas naturais em Misiones e outras províncias argentinas, com o objetivo de localizar e documentar aves de rapina raras.
Curiosidades sobre o gavião-real (Harpia harpyja)
- Uma das maiores aves de rapina do mundo: Pode atingir até 1 metro de altura, com envergadura de asas de 2 metros ou mais.
- Força impressionante: Suas garras podem ter até 13 centímetros, maiores que as garras de um urso pardo, capazes de capturar presas como macacos e preguiças.
- Habitat: Vive principalmente em florestas tropicais da América Central e do Sul, incluindo Amazônia e Mata Atlântica.
- Caça e alimentação: É um predador de topo, alimentando-se de mamíferos, aves e, ocasionalmente, répteis.
- Visão e audição aguçadas: Possui sentidos altamente desenvolvidos para localizar presas mesmo em meio à densa vegetação da floresta.
- Símbolo cultural: É uma ave icônica em várias culturas indígenas da América do Sul e inspirou o nome da equipe de futebol brasileira “Clube Atlético Harpia”.
- População ameaçada: Está classificada como vulnerável devido à destruição de florestas e à caça, tornando registros como o recente em Misiones extremamente raros.
- Reprodução: Faz ninhos em árvores altas, geralmente a mais de 30 metros do solo, e costuma ter apenas dois filhotes por vez, dos quais muitas vezes apenas um sobrevive.






