O cenário do mercado de trabalho brasileiro, com seus aproximadamente 7 milhões de desempregados no fim de 2024, conforme dados do IBGE, cria um ambiente de urgência que, infelizmente, é explorado por criminosos. A intensa busca por uma nova oportunidade profissional tem sido o campo fértil para a proliferação do chamado “golpe do emprego”, uma fraude cada vez mais frequente em plataformas de recrutamento, como o LinkedIn. Candidatos vulneráveis acabam sendo alvo de propostas enganosas, como as falsas vagas de home office, cujo objetivo é, na verdade, roubar dados ou dinheiro.
A tática dos fraudadores
O modus operandi desses golpes se baseia em ofertas de trabalho extremamente atraentes: remuneração acima da média e processos seletivos excessivamente simples. Por trás da fachada de anúncios legítimos, esconde-se a intenção de roubar informações pessoais e financeiras das vítimas. O golpe consiste na ação de indivíduos que se apresentam como recrutadores ou representantes de companhias estabelecidas para ludibriar quem está em busca de uma vaga. A cifra de milhões de brasileiros à procura de recolocação torna esse “mercado” muito rentável para os criminosos.
Como funciona a armadilha
Para se aproveitar da necessidade alheia, os golpistas divulgam anúncios falsos ou abordam diretamente as vítimas, solicitando a partilha de informações sensíveis, a realização de pagamentos ou o clique em links suspeitos. Essas abordagens fraudulentas podem resultar em perdas financeiras, furto de dados sigilosos ou na instalação de malwares nos dispositivos. A sofisticação é tamanha que muitas vezes são usadas identidades visuais de empresas renomadas, dificultando a percepção da fraude.
Exemplos comuns de fraudes
Um ardil bastante recorrente é a promessa de uma posição vantajosa em uma grande corporação. O suposto recrutador pede ao candidato que baixe um arquivo com detalhes da vaga. Ao abri-lo, o dispositivo é contaminado com vírus aptos a roubar dados. Outra tática comum é a exigência de uma taxa para cursos preparatórios ou para a inscrição no processo seletivo. Após a transferência do valor, o contato desaparece, deixando o candidato lesado e sem qualquer resposta sobre a vaga.
Estratégias para se proteger
Para evitar cair nessas ciladas, a cautela é a melhor aliada. Jamais efetue o download de arquivos recebidos por e-mail ou mensagens sem confirmar a procedência, pois podem conter vírus. Mantenha o seu antivírus sempre atualizado. Verifique o domínio do e-mail: empresas sérias utilizam domínios próprios, não contas genéricas como @gmail.com. Nunca clique em links suspeitos e desconfie de ofertas que exijam qualquer tipo de pagamento ou a partilha de dados bancários; processos de seleção legítimos não cobram do candidato. Fique alerta a promessas de salários irreais e a descrições de vaga com erros crassos ou informações vagas. Se a oferta parecer boa demais para ser verdade, provavelmente é um golpe.






