Após mais de 60 anos à frente da Berkshire Hathaway, o investidor norte-americano Warren Buffett, de 94 anos, anunciou sua aposentadoria. A saída marca o fim de um dos capítulos mais marcantes da história do capitalismo moderno. Sob seu comando, a empresa se transformou em um dos maiores conglomerados financeiros do mundo, com presença em diversos setores e participações bilionárias.
O investimento que virou símbolo: Coca-Cola
Entre os inúmeros negócios de sucesso liderados por Buffett, o investimento na Coca-Cola é um dos mais emblemáticos. A aposta começou em 1988 e, desde então, a Berkshire Hathaway se tornou a principal acionista individual da companhia, com uma fatia avaliada em cerca de R$ 150 bilhões.
O retorno financeiro foi expressivo: além da valorização das ações ao longo dos anos, a empresa de Buffett recebe dividendos milionários. Somente em 2024, foram aproximadamente R$ 2 bilhões pagos pela fabricante de refrigerantes — o que representa cerca de R$ 12 milhões por dia.
A filosofia de investir no que é sólido
Buffett construiu sua reputação seguindo um princípio simples: investir em negócios que ele realmente entende. Sua estratégia sempre privilegiou empresas com marcas fortes, produtos duradouros e modelos de receita previsíveis. A própria preferência pessoal do investidor pela Coca-Cola, bebida que consome diariamente, é vista como um reflexo de sua filosofia.
Um legado além dos números
Durante sua gestão, a Berkshire Hathaway consolidou participações em gigantes como Apple, American Express, Kraft Heinz e Bank of America, tornando-se referência em gestão de portfólio e visão de longo prazo.
Com uma fortuna estimada em mais de US$ 130 bilhões, Warren Buffett também se destacou por seu engajamento filantrópico. Ele prometeu doar a maior parte de seu patrimônio, reforçando que seu legado vai muito além dos lucros: está na combinação de sabedoria, disciplina e generosidade que moldou gerações de investidores.






