Pouco conhecido do grande público, o Pomerano ainda sobrevive em alguns cantinhos do Brasil, mantendo viva uma tradição linguística trazida por imigrantes alemães no século XIX. Falado especialmente em cidades como Santa Maria de Jetibá, no Espírito Santo, e Pomerode, em Santa Catarina, o idioma resiste entre gerações, sendo transmitido no dia a dia e em manifestações culturais locais.
O Pomerano é uma língua germânica que se desenvolveu a partir do baixo alemão falado pelos imigrantes vindos da região da Pomerânia, entre a Alemanha e a Polônia atuais. Com o passar do tempo, sofreu influências do português e das línguas indígenas e africanas presentes no Brasil, criando uma variante única, própria das comunidades que a mantêm viva.
Apesar de não ser oficialmente reconhecido nem amplamente ensinado nas escolas, o idioma ainda é usado em conversas familiares, celebrações culturais e eventos religiosos, funcionando como um elo de identidade entre os descendentes de imigrantes.
Em cidades como Santa Maria de Jetibá e Pomerode, iniciativas locais buscam preservar o Pomerano, promovendo cursos, oficinas e atividades culturais que garantam a continuidade dessa tradição linguística para as próximas gerações.
Pomerano, Talian e Hunsrückisch: línguas de imigrantes que resistem no Brasil
Assim como o Pomerano, outros idiomas trazidos por imigrantes europeus, como o Talian (variante do italiano) e o Hunsrückisch (dialeto alemão), também sobrevivem em diferentes regiões do país. Esses idiomas funcionam como importantes patrimônios culturais, preservando histórias, tradições e identidades de comunidades que mantêm vivas as raízes de seus antepassados.
Em diversas cidades do Brasil, iniciativas comunitárias e culturais buscam incentivar o ensino e o uso cotidiano dessas línguas, promovendo oficinas, eventos e celebrações que estimulam a transmissão para as novas gerações. Dessa forma, Pomerano, Talian e Hunsrückisch continuam resistindo, mostrando a diversidade linguística e cultural presente no país.






