O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta terça-feira (14/10) que não será necessário implementar o horário de verão em 2025. Segundo ele, o comitê de monitoramento do setor elétrico avalia mensalmente a questão e, após análise recente, concluiu que a medida não se faz necessária.
A declaração foi dada durante o programa Bom Dia, Ministro, em que Silveira destacou: “Graças ao planejamento e ao índice pluvial dos últimos anos, estamos em condição de segurança energética completa e absoluta para este ano”. O ministro também aproveitou para desmentir rumores sobre o retorno do horário de verão, que foi descontinuado há seis anos.
A posição de Silveira gerou repercussão e dividiu opiniões. Enquanto alguns defendem que o horário de verão ajudaria a reduzir o consumo de energia, outros concordam com o ministro, afirmando que mudanças no padrão de consumo e investimentos em infraestrutura já garantem segurança energética sem alterar o relógio.
Além disso, estudos recentes indicam que o impacto do horário de verão no Brasil tem se tornado cada vez menor, principalmente devido à maior eficiência energética e ao uso mais consciente da eletricidade. Com isso, a decisão do governo reforça a tendência de manter o horário regular durante todo o ano, priorizando planejamento e monitoramento contínuo do setor elétrico.
Por quê o Brasill encerrou o horário de verão?
O Brasil encerrou o horário de verão em 2019 por decisão do governo federal, baseada em estudos do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). As principais razões foram:
- Efeito reduzido na economia de energia – Diferentemente do passado, quando a medida ajudava a diminuir o consumo de eletricidade no horário de pico, estudos recentes mostraram que a economia atual é muito pequena, em torno de 0,5% da energia elétrica total, considerada insuficiente para justificar a mudança.
- Impactos na saúde e no sono – Pesquisas indicaram que a mudança no relógio afetava o relógio biológico das pessoas, causando distúrbios de sono, cansaço, aumento de estresse e até maior risco de problemas cardiovasculares.
- Mudanças no padrão de consumo – O avanço da tecnologia, maior eficiência energética e a adoção de eletrônicos em horários variados reduziram a necessidade de alterar o horário para economizar energia.






