A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados realizou, na última quinta-feira (16), uma audiência pública para debater a concessão da aposentadoria especial, benefício destinado a trabalhadores expostos a condições que causam desgaste físico, mental ou risco acentuado.
O debate foi solicitado pelo deputado Hildo Rocha (MDB-MA), relator do Projeto de Lei Complementar 89/03, que tramita junto a outras 151 propostas sobre o tema. Os projetos visam reconhecer a natureza diferenciada de certas ocupações e garantir um tratamento previdenciário específico para quem atua em ambientes insalubres ou perigosos.
A aposentadoria especial permite tempo de contribuição reduzido, de acordo com o grau de risco da atividade, e não exige idade mínima. Em contrapartida, é necessário comprovar a exposição efetiva a agentes nocivos ou condições de periculosidade que prejudiquem a saúde ou a integridade física do trabalhador.
O principal objetivo da reunião foi avaliar os impactos sociais, econômicos e legais da concessão da aposentadoria especial. O tema é delicado, pois envolve o equilíbrio financeiro da Previdência Social e, simultaneamente, o reconhecimento dos direitos de profissionais que enfrentam condições adversas no exercício de suas funções.
O que é a aposentadoria especial?
A aposentadoria especial é um benefício previdenciário concedido a trabalhadores que exercem atividades sob condições que podem causar desgaste físico, mental ou risco acentuado à saúde e à integridade física. Diferentemente da aposentadoria comum, ela permite que o trabalhador se aposente com tempo de contribuição reduzido e sem a exigência de idade mínima.
Além de reduzir o tempo de contribuição, a aposentadoria especial tem grande importância social, pois reconhece os esforços e os riscos enfrentados por profissionais que trabalham em condições insalubres ou perigosas. Esse benefício busca equilibrar a proteção à saúde do trabalhador com a sustentabilidade financeira da Previdência.






