O governo federal estima que o salário mínimo de 2026 será de R$ 1.631, o que representa um aumento nominal de 7,44% em relação aos R$ 1.518 previstos para 2025. Caso o valor seja confirmado, o trabalhador terá um acréscimo de R$ 113 no contracheque. Por enquanto, trata-se de uma projeção usada como referência para o planejamento do orçamento do próximo ano, especialmente em áreas como Previdência Social, seguro-desemprego e benefícios vinculados ao piso nacional.
O valor definitivo só será confirmado no início de 2026, após a consolidação dos indicadores econômicos do ano anterior.
Como é calculado o reajuste do salário mínimo
O reajuste do salário mínimo segue a política de valorização retomada em 2023, que combina dois critérios: a reposição da inflação e o aumento real conforme o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
A correção pela inflação leva em conta a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior — que, segundo projeção do governo, deve ser de 3,6% em 2025. Esse cálculo garante que o poder de compra do trabalhador não seja corroído pela alta dos preços.
O ganho real é determinado pelo crescimento do PIB de dois anos antes, que para o caso de 2026 considera o resultado de 2024, estimado em 2,44%. A soma desses dois indicadores resultou no percentual de reajuste proposto.
Efeitos na economia e próximos passos
O aumento do piso nacional tem impacto direto sobre cerca de 60 milhões de brasileiros, entre trabalhadores, aposentados e beneficiários de programas sociais. O reajuste tende a ampliar o consumo interno e movimentar a economia, mas também eleva os custos das empresas e as despesas do governo, especialmente com a Previdência Social e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
O valor de R$ 1.631 ainda será analisado pelo Congresso Nacional dentro do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026. Após aprovação e sanção presidencial, o novo salário mínimo deverá entrar em vigor em 1º de fevereiro de 2026.






