Os pedágios sempre foram motivo de insatisfação para motoristas que circulam pelas rodovias brasileiras. A cobrança, feita por concessionárias ou órgãos públicos, serve para custear a manutenção, conservação e segurança das estradas. No entanto, um novo decreto do governo paulista trouxe alívio a quem trafega pelo estado: o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) decidiu suspender a instalação de novos pontos de pedágio eletrônico.
Recuo na expansão do sistema “Free Flow”
Os pedágios automáticos, conhecidos como “Free Flow”, vinham sendo ampliados em São Paulo, mas a medida enfrentou resistência de motoristas e prefeitos. Após protestos e críticas, o governo estadual decidiu interromper a expansão e suspendeu 12 trechos que receberiam o sistema de cobrança automática. Segundo a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), a revisão tem caráter técnico e busca garantir justiça tarifária, evitando que moradores paguem pedágio ao circular apenas dentro de seus municípios.
Dois pedágios foram desativados na rodovia Padre Manoel da Nóbrega (SP-55), no litoral paulista, e três novos pórticos previstos para a SP-304 — nas cidades de Americana, Santa Bárbara d’Oeste e Piracicaba — não serão implantados. Na concessão da CCR Sorocabana, cinco estruturas de pedágio eletrônico permanecem em funcionamento apenas para contagem de tráfego, sem cobrança.
Como funciona o pedágio sem cancela
O modelo “Free Flow” identifica automaticamente os veículos que passam pelos pórticos, por meio de câmeras e sensores que registram as placas. O pagamento pode ser feito por tags eletrônicas ou canais digitais em até 30 dias após a passagem. Quem não regulariza o valor dentro do prazo pode ser multado.
Destino da arrecadação
As tarifas de pedágio são usadas para manter a infraestrutura das rodovias e garantir serviços de apoio, como socorro mecânico, atendimento médico e limpeza das vias. Segundo o governo paulista, as mudanças visam tornar o sistema mais justo e transparente para os motoristas.






