No memórias do Diário de Pernambuco de hoje, vamos te lembrar da companhia aérea Varig. Por décadas, a Varig foi sinônimo de prestígio e excelência nos céus brasileiros. Fundada em 1927, em Porto Alegre, por Otto Ernst Meyer, a empresa marcou gerações com seus voos internacionais e o atendimento de alto padrão.
Entre as décadas de 1960 e 1980, a companhia aérea viveu seu auge, tornando-se uma das maiores do mundo e o principal símbolo da aviação nacional. No entanto, o que era orgulho se transformou em crise. Após anos de dificuldades financeiras e tentativas frustradas de recuperação, a Varig encerrou definitivamente suas atividades, decretando o fim de uma era.
O auge de uma gigante dos ares
Durante seu período de ouro, a Viação Aérea Rio-Grandense ligava o Brasil a destinos da América, Europa, África e Ásia. Seus voos eram conhecidos pela elegância do serviço de bordo e pelo conforto das aeronaves Boeing 707 e 747, símbolos de uma época em que voar pela Varig era motivo de status. A companhia aérea chegou a empregar milhares de pessoas e ajudou a consolidar o país no mapa da aviação internacional.
Crise e declínio da companhia aérea
Com a chegada dos anos 2000, a situação financeira da companhia se deteriorou rapidamente. Endividada e com sérios problemas de gestão, a Varig entrou em recuperação judicial em 2006. Parte de suas operações foi vendida, e a empresa acabou dividida entre a Varig Logística e a VRG Linhas Aéreas — esta última comprada pela Gol em 2007. Mesmo assim, as tentativas de retomada não surtiram efeito. Milhares de funcionários foram demitidos, e as dívidas se tornaram impagáveis.
O desfecho inevitável
Em 2010, a Justiça decretou oficialmente a falência da Varig, junto com as companhias Rio Sul e Nordeste Linhas Aéreas. O caso marcou o fim de uma das trajetórias mais emblemáticas da aviação brasileira. A empresa, que já foi orgulho nacional, deixou como legado uma história de pioneirismo, mas também um alerta sobre os riscos da má gestão em tempos de concorrência global.






