Enquanto um policial nos Estados Unidos pode receber mais de R$ 25 mil por mês, um policial do Rio de Janeiro enfrenta o mesmo perigo ou até maior, ganhando pouco mais de R$ 5 mil. A diferença é gritante e expõe o abismo entre o valor dado à segurança pública em países desenvolvidos e a realidade brasileira.
De acordo com dados de portais internacionais, o salário médio anual de um policial americano gira em torno de US$ 63 mil, o equivalente a mais de R$ 330 mil por ano. Em estados como Califórnia e Nova York, esse valor pode ultrapassar facilmente os US$ 100 mil anuais, somando bônus e horas extras. Nos padrões americanos, é uma profissão de classe média sólida, com estabilidade e reconhecimento.
No Rio de Janeiro, a situação é bem diferente. Um soldado da Polícia Militar recebe atualmente R$ 5.233,88 por mês, já formado e em plena atividade. Durante o curso de formação, o valor cai para R$ 2.956,40. Para cabos, a remuneração inicial é de R$ 6.028,44, chegando a mais de R$ 9.300 para 1º Sargentos e R$ 12.551 para 1º Tenentes. Mesmo assim, a renda dificilmente se aproxima do padrão de vida americano, enquanto o risco diário é incomparavelmente maior.
A discrepância não se limita ao salário. Nos Estados Unidos, o policial costuma ter seguro de vida robusto, plano de saúde completo e aposentadoria integral após 20 anos de serviço. No Brasil, muitos agentes precisam trabalhar em bicos ou fazer segurança privada nas horas de folga para complementar a renda, enfrentando jornadas exaustivas e altos índices de estresse.
Especialistas apontam que a falta de valorização reflete diretamente na segurança pública. A baixa remuneração desestimula novos candidatos e aumenta a rotatividade, enfraquecendo as forças de segurança estaduais. Além disso, o custo emocional e o risco diário de morte fazem da profissão uma das mais desgastantes do país.
Enquanto nos Estados Unidos o policial é tratado como símbolo de respeito e estabilidade, no Rio ele luta para pagar as contas no fim do mês. A diferença salarial entre as duas realidades é mais do que um número. É o retrato de como o Brasil ainda falha em reconhecer o valor de quem arrisca a vida todos os dias para proteger a sociedade.






