Durante escavações no antigo fosso do Castelo Kolno, no sudeste da Polônia, arqueólogos fizeram uma descoberta rara: um anel medieval, com uma ametista incrustada em prata dourada, que permaneceu oculto por mais de 600 anos. A joia foi identificada por pesquisadores do Instituto de Arqueologia da Universidade de Rzeszów e surpreendeu por ter sido localizada em uma área de passagem, e não em uma tumba ou tesouro escondido.
Uma joia perdida por acaso
De acordo com os estudiosos, a peça provavelmente caiu acidentalmente das mãos de alguém da nobreza que circulava pelas proximidades do castelo. Pode ter sido perdida durante um evento social, uma travessia pela ponte ou até mesmo em uma situação cotidiana da rotina aristocrática. O achado oferece um raro vislumbre da vida comum da elite medieval — algo que dificilmente aparece nos registros históricos.
Tecnologia a serviço da história
Para determinar a composição da joia, os especialistas recorreram a tecnologias modernas. A primeira análise, feita por espectroscopia Raman, confirmou que a pedra central era uma ametista, conhecida pelo tom arroxeado. Já o exame de fluorescência de raios X revelou que o anel foi moldado em prata pura e recoberto por ouro, usando a técnica de douração por fogo — um método tradicional na produção de adornos de alto valor durante a Idade Média.
Um símbolo de fé e proteção
Mais do que um acessório de luxo, a ametista tinha significado espiritual. Na época, acreditava-se que a pedra protegia contra envenenamentos, feitiços e sonhos ruins, além de representar modéstia e devoção religiosa. Por isso, era usada por nobres, reis e religiosos como amuleto e sinal de status.
Um pequeno objeto, grandes revelações
A descoberta do anel fora de um contexto funerário ou de tesouro escondido oferece novas perspectivas sobre os hábitos e o cotidiano da nobreza medieval. Mesmo entre castelos e riquezas, o episódio mostra que a vida no passado também era marcada por pequenos descuidos — e que, às vezes, a história se revela em detalhes esquecidos pelo tempo.






