O valor da cesta básica apresentou queda em 22 das 27 capitais do país no mês de setembro, segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A redução de preços foi observada em todas as regiões, representando um alívio no bolso dos consumidores após meses de alta nos alimentos.
Entre os produtos que contribuíram para a queda estão o arroz e alguns itens de hortifruti. Já a carne bovina apresentou comportamento desigual, com aumento em 16 capitais e recuo em outras 11.
Capitais com maiores reduções
As quedas mais expressivas foram registradas em Fortaleza (–6,3%), Palmas (–4,9%), Rio Branco (–3,5%), São Luís (–3,1%) e Teresina (–2,6%). Nessas cidades, a combinação de boas colheitas e maior oferta de produtos como arroz, feijão e óleo ajudou a reduzir o custo da alimentação básica.
De acordo com os técnicos da Conab, os preços desses itens costumam pesar mais no orçamento das famílias de baixa renda, e sua redução tende a ter impacto direto na qualidade de vida.
Onde o preço subiu
Mesmo com a tendência de queda nacional, cinco capitais apresentaram aumento no custo da cesta básica. Campo Grande teve a maior alta (+1,5%), seguida de Porto Alegre (+0,9%), Vitória (+0,7%), Curitiba (+0,6%) e Florianópolis (+0,4%).
A elevação nessas localidades está ligada, principalmente, ao encarecimento da carne bovina, do leite e do pão francês, influenciado por custos logísticos e oscilações sazonais.
Diferença regional no custo da cesta
Os menores valores médios da cesta foram registrados no Nordeste: Aracaju (R$ 552), Maceió (R$ 578) e Salvador (R$ 601). Já os preços mais altos ficaram nas regiões Sul e Sudeste, com São Paulo (R$ 843), Florianópolis (R$ 821) e Porto Alegre (R$ 807) liderando o ranking.
A diferença de mais de R$ 290 entre a capital sergipana e a paulista reflete o peso da localização geográfica, do transporte e da estrutura de abastecimento sobre o custo final dos alimentos.






