Quando se fala em obstáculos para a popularização dos veículos elétricos, a maioria tende a pensar na falta de estações de recarga ou na autonomia das baterias. No entanto, um novo desafio vem ganhando força e causou surpresa até entre especialistas: o furto de cabos de carregamento — um problema crescente que começa a minar a confiança dos usuários.
O furto de cabos de carregamento é um problema que afeta tanto proprietários de carros elétricos quanto estabelecimentos que disponibilizam pontos de recarga. Em muitas cidades, os cabos são levados de estações públicas ou até de residências particulares, deixando veículos impossibilitados de completar a carga e gerando custos adicionais para a reposição do equipamento.
Além do impacto financeiro direto, a situação também gera insegurança e desconfiança entre os consumidores, que passam a avaliar com mais cautela a aquisição de um carro elétrico. Fabricantes e fornecedores de infraestrutura estão sendo pressionados a buscar soluções, como cabos fixos, sistemas de bloqueio ou monitoramento por câmeras.
O índice de furtos preocupa em diversas regiões do mundo. Na Alemanha, operadoras como a EnBW registraram mais de 900 casos apenas no início de 2025, com perdas médias de 3.500 euros por incidente, sem contar o impacto indireto causado pela indisponibilidade das estações de recarga.
Já nos Estados Unidos, estados como Califórnia e Texas têm registrado um crescimento nos casos de furtos, indicando uma tendência em que criminosos passam a mirar componentes valiosos e de fácil remoção, como cabos de carregamento, em vez de outros alvos tradicionais.
Furto de cabos: um desafio global para a mobilidade elétrica
O problema dos furtos de cabos de carregamento não é exclusivo do Brasil e vem chamando atenção em todo o mundo. Países como Alemanha e Estados Unidos registram aumento significativo nos casos, revelando que criminosos estão cada vez mais interessados em componentes valiosos e fáceis de remover, prejudicando usuários e fornecedores de infraestrutura.
O impacto financeiro direto, somado à indisponibilidade temporária das estações, evidencia que a questão vai muito além de simples inconvenientes. Diante desse cenário, especialistas alertam que é necessário investir em soluções de segurança e prevenção para garantir a expansão da mobilidade elétrica.






