O crescimento acelerado da inteligência artificial (IA) tem provocado transformações profundas no mundo do trabalho. Segundo um relatório recente da OpenAI, 44 profissões nos Estados Unidos já apresentam alto risco de substituição por sistemas inteligentes. A previsão acende o alerta sobre o futuro de diversas ocupações e reforça a necessidade de adaptação diante das novas tecnologias.
Comércio é um dos setores mais afetados
O setor comercial, tanto no varejo quanto no atacado, é um dos mais impactados pela automação. A IA já consegue desempenhar mais da metade das tarefas antes realizadas por humanos, e em funções de balcão, o percentual chega a 81%. Caixas automáticos, atendentes virtuais e sistemas de logística automatizada são exemplos de ferramentas que vêm ganhando espaço nas operações do dia a dia.
Ainda que a substituição não seja imediata, a tendência é de mudança gradual nas funções, exigindo dos trabalhadores atualização constante e domínio de novas competências.
Áreas com maior resistência à automação
Nem todos os segmentos são igualmente vulneráveis à IA. Profissões ligadas à educação, psicologia e assistência social continuam mais protegidas, já que dependem de empatia, sensibilidade e compreensão humana — características que ainda desafiam a tecnologia.
Funções criativas e de liderança, como as exercidas por produtores, diretores e gestores, também permanecem menos afetadas, pois envolvem tomadas de decisão complexas e pensamento estratégico.
Desafios e oportunidades para o futuro
Na área da saúde, a IA já demonstra eficiência em análises de exames e elaboração de relatórios, mas o toque humano e o julgamento clínico seguem indispensáveis. O mesmo ocorre na engenharia, onde as máquinas podem modelar estruturas com precisão, mas as decisões éticas e técnicas continuam sob responsabilidade dos profissionais.
A OpenAI reforça que a inteligência artificial deve ser vista como uma aliada — uma ferramenta de apoio capaz de ampliar a produtividade. Para o futuro, a chave será investir em educação, requalificação e aprendizado contínuo, preparando os trabalhadores para um mercado cada vez mais tecnológico e dinâmico.






