A Suécia é um dos poucos países do mundo que não adota um salário mínimo definido por lei. Em vez disso, o país escandinavo baseia-se em um modelo de negociações coletivas entre sindicatos e empresas, que definem os valores mínimos pagos a cada categoria profissional. O resultado é um sistema flexível, que busca equilibrar as necessidades dos trabalhadores e a capacidade econômica dos empregadores.
Nos setores com menor qualificação, os salários mais baixos giram em torno de 11.400 coroas suecas (SEK) por mês — o equivalente a cerca de R$ 10.000, considerando a cotação atual. Embora não exista um piso nacional, esse valor serve como referência prática, representando o que muitos consideram o “mínimo real” do mercado sueco.
Negociações coletivas moldam o mercado de trabalho
Na Suécia, aproximadamente 90% dos trabalhadores estão sindicalizados. Essa forte representação sindical é o que permite que as negociações determinem salários justos e condições equilibradas sem a necessidade de uma lei federal. As tabelas salariais variam conforme o setor, a função, o nível de experiência e até a idade do profissional.
Com esse modelo, o país conseguiu manter uma das menores taxas de desigualdade salarial da Europa, além de garantir poder de compra elevado e um custo de vida ajustado à renda média.
Novas regras para autorizações de trabalho
A partir de 17 de junho de 2025, quem solicitar uma autorização de trabalho na Suécia deverá comprovar renda mínima de 29.680 coroas suecas por mês — medida que visa assegurar que os salários pagos a estrangeiros estejam de acordo com as normas locais. Atualmente, o salário médio nacional é de cerca de 35.600 SEK mensais, enquanto o valor mínimo exigido para imigrantes não pertencentes à União Europeia ou ao Espaço Econômico Europeu já subiu para 27.360 SEK (aproximadamente 1.150 euros).
Esse modelo reforça o compromisso sueco com a valorização do trabalho e com uma economia pautada na negociação e no consenso.






