Buscando reconquistar a classe média brasileira e fortalecer seu apoio político rumo às eleições de 2026, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva definiu uma nova estratégia para a Caixa Econômica Federal: posicionar novamente o banco público como protagonista no financiamento de imóveis de médio e alto padrão.
A resposta da Caixa foi rápida. Na semana passada, a instituição anunciou a ampliação da cota de financiamento de imóveis residenciais de 70% para 80% e a inclusão de unidades de até R$ 2,25 milhões no Sistema Financeiro da Habitação (SFH).
O movimento integra um novo modelo de negócios que, de acordo com o presidente da Caixa, Carlos Vieira, possibilitará a liberação de até R$ 40 bilhões em novos créditos imobiliários ao longo dos próximos 12 meses. Vieira também afirmou que a decisão teve origem direta no Palácio do Planalto.
“Esse foi um pedido dele (Lula). Acho que não é ilegítimo. É por isso que foi criada a faixa 4 do Minha Casa, Minha Vida. E agora tem essa complementação do SBPE, mas não é só para a classe média”, disse. Lula tenta reconstruir a ligação com a classe média urbana, setor que migrou em grande parte para a oposição nas últimas eleições.
Ampliação do crédito imobiliário e nova fase do SBPE
A Caixa Econômica Federal iniciou uma nova etapa no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), focando na ampliação do crédito imobiliário para atender imóveis de médio e alto padrão.
Com a ampliação da cota de financiamento e a inclusão de unidades de até R$ 2,25 milhões no Sistema Financeiro da Habitação (SFH), o banco busca tornar mais acessível a aquisição de imóveis que antes eram restritos a financiamentos privados. Essa movimentação visa não apenas impulsionar o mercado imobiliário, mas também fortalecer o papel da Caixa como protagonista no segmento.






