A companhia aérea canadense WestJet anunciou uma mudança significativa em sua frota de aviões Boeing: os assentos reclináveis deixarão de existir na classe econômica. A novidade, que começa a ser implementada ainda em 2025, promete alterar a experiência de milhões de passageiros.
Assentos fixos e cobrança por conforto
De acordo com a empresa, os novos modelos Boeing 737-8 MAX e 737-800 terão encostos fixos em posição de 90 graus. A reclinação, antes disponível em todos os assentos, passará a ser um serviço pago, acessível apenas nas categorias Premium e Extended Comfort. A WestJet afirma que a decisão tem como objetivo ampliar a sensação de espaço pessoal e evitar desconfortos causados por passageiros que reclinam em excesso.
Além disso, o novo design permitirá incluir uma fileira extra de poltronas por aeronave, reduzindo custos e aumentando a capacidade de passageiros por voo. As primeiras aeronaves com o novo layout entram em operação ainda neste ano, e a remodelação completa deve ser concluída até 2026.
Mudanças na cabine e novos serviços
As cabines também estão sendo reformuladas. A classe econômica contará com poltronas ultrafinas, apoio de cabeça ajustável, tomadas USB individuais e suporte para celular. Já as classes superiores oferecerão reclinação parcial ou total, Wi-Fi gratuito, embarque prioritário e serviço de bordo diferenciado.
A empresa também modernizou banheiros e cozinhas das aeronaves, além de disponibilizar internet sem custo para membros do programa de fidelidade WestJet Rewards.
Reações e tendências no setor aéreo
A decisão dividiu passageiros e especialistas. Alguns consideraram positiva a eliminação da reclinação, enquanto outros criticaram a cobrança por um item antes básico. A WestJet defende a medida como parte de uma estratégia para reduzir custos e manter tarifas acessíveis, tendência já adotada por companhias como Ryanair e Spirit Airlines.
A mudança coloca a empresa no centro do debate sobre o futuro do conforto nas viagens aéreas, em um cenário cada vez mais marcado pelo modelo “pague pelo que usar”.






