Após uma década afastado dos holofotes empresariais, Eike Batista, ex-bilionário brasileiro, tem buscado retomar sua trajetória no mundo dos negócios. Conhecido por sua ascensão meteórica e subsequente queda no setor de petróleo e energia, ele agora aposta em um novo projeto agrícola com foco em biocombustíveis sustentáveis.
Batista está promovendo o cultivo de uma variedade geneticamente modificada de cana-de-açúcar, chamada “supercana”, que promete aumentar significativamente a produção de etanol e biomassa. Apesar do ceticismo de alguns críticos, ele afirma que a tecnologia já passou por uma década de testes e está pronta para ser implementada em larga escala.
Mas nem tudo são flores na nova vida de Eike. Sabe aquele estudo que aponta que oito pessoas concentram a mesma riqueza que metade mais pobre da população mundial? Para chegar à conclusão de que Eike é o mais pobre do Brasil, basta aplicar a mesma metodologia de análise de desigualdade utilizada pela Oxfam.
Eike Batista perdeu bilhões
A matéria publicada pelo site InfoMoney, no ano de 2017, fez Eike reaparecer nos noticiários como o homem mais pobre do Brasil através do cálculo estabelecido pelas desigualdades da Oxfam.
A Oxfam define riqueza como “riqueza líquida”. Mas o que isso quer dizer? Basicamente, é somar todos os bens e ativos de uma pessoa e subtrair as dívidas que ela possui. Isso significa que, segundo essa metodologia, alguém pode ter riqueza negativa. Com a desvalorização das empresas do Grupo X, que acabaram falindo, Eike perdeu bilhões em ativos e ficou com dívidas bilionárias a quitar.
No início de 2015, a “riqueza líquida” de Eike já era de R$ 1 bilhão negativos. Pela metodologia da Oxfam, ele estava mais endividado do que a maioria da população, mais pobre até que muitas pessoas em situação de rua no Brasil. Em 2017, com dívidas de R$ 3 bilhões relacionadas ao Porto de Açu que podem recair sobre ele, é possível que Eike continue figurando como o homem mais pobre do país por algum tempo.






