A empresa WePink, da influenciadora Virgínia Fonseca e do sócio Thiago Stabile, foi proibida de realizar novas lives de vendas até comprovar, por meio de documentação, que os produtos ofertados estão realmente disponíveis em estoque. A decisão foi determinada por uma liminar do Ministério Público, que também estabeleceu multa de R$ 100 mil por live em caso de descumprimento.
Segundo a liminar, a empresa terá 30 dias para implementar um Canal de Atendimento não automatizado, com suporte realizado por atendentes humanos. O serviço deverá estar disponível em múltiplos canais, incluindo obrigatoriamente o atendimento telefônico, e deverá fornecer uma resposta inicial a cada reclamação em até 24 horas.

O Ministério Público de Goiás abriu ação contra a WePink após o registro de mais de 120 mil reclamações em menos de dois anos. Segundo o promotor de Justiça Élvio Vicente da Silva, os principais problemas envolvem propaganda enganosa e censura nas redes sociais, com a exclusão de comentários e reclamações de consumidores.
A ação, protocolada na quarta-feira (8) em parceria com o Procon, aponta que a estratégia de “flash sales” (ofertas-relâmpago) criou um senso artificial de urgência, estimulando compras impulsivas e explorando a vulnerabilidade psicológica dos consumidores. O MP destacou ainda que o uso da imagem de Virginia potencializou o efeito.
As práticas abusivas listadas contra a WePink
- Falta de entrega de produtos: consumidores que pagaram pelos produtos e nunca receberam;
- Descumprimento de prazos: alguns atrasos ultrapassaram sete meses;
- Dificuldade de reembolso: resistência da empresa em devolver valores pagos;
- Atendimento deficiente: o sistema é automatizado, mas não resolve os problemas;
- Exclusão de críticas: a empresa removeu comentários negativos nas redes sociais;
- Produtos com defeito: os cosméticos chegam estragados na entrega e estão diferente do enunciado.






