A relação entre o governo federal e as entidades que representam os servidores públicos voltou a ser colocada à prova. Em um ato de unidade e resistência, os funcionários federais rejeitaram a proposta do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) para reajuste dos auxílios e apresentaram uma contraproposta mais ousada.
O principal ponto de impasse é o valor do auxílio-alimentação, tema central das negociações deste ciclo. Na última quarta-feira (22), o governo havia proposto um aumento de 17,5% no benefício — o que elevaria o valor atual de R$ 1.000 para R$ 1.175 mensais. A proposta, porém, foi recebida com forte resistência pelo funcionalismo.
Em um documento encaminhado ao Executivo na sexta-feira (24), as categorias solicitaram um reajuste de 35% no auxílio-alimentação — o dobro do percentual proposto pelo governo. Com isso, os servidores federais pretendem elevar o valor do benefício para R$ 1.350.
O Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), que lidera parte das negociações, classificou a solicitação como “bastante razoável”. Para Rudinei Marques, presidente da entidade, o pedido serve como um teste à real disposição do governo em negociar os valores pendentes.
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), por sua vez, mantém a defesa do reajuste de 17,5% no auxílio-alimentação, alegando que a proposta representa um esforço de valorização compatível com as limitações orçamentárias do país. Em nota oficial, a pasta reforçou o “compromisso do governo com a melhoria das condições de vida e trabalho dos servidores, sem abrir mão da responsabilidade fiscal”.






