Na capital sul-mato-grossense da Campo Grande, centenas de professores da rede municipal foram surpreendidos por um decreto que reduziu drasticamente sua carga horária e acaba resultando em perdas salariais significativas. A medida, que visa conter gastos diante de uma crise orçamentária local, atinge especialmente os educadores lotados na sede da secretaria de educação.
De acordo com Gilvano Bronzoni, presidente da ACP (Associação Campo-Grandense dos Professores), aproximadamente 400 educadores trabalham na sede da Semed. Até o início da tarde de segunda-feira (3), ele ainda não havia recebido comunicação oficial sobre os cortes e, por isso, preferiu adotar uma postura cautelosa ao comentar os possíveis impactos da medida.
“Na reunião que tivemos na sexta-feira com a prefeita Adriane Lopes recebemos a garantia de que não haveria cortes nas escolas. Informaram somente que seria publicado um decreto determinando corte de 20% nos gastos em todas as secretarias. Ninguém falou em corte de gasto com servidores”, disse Bronzoni.
Na Semed, entretanto, a maioria dos professores foi dispensada do trabalho a partir das 11h20 de segunda-feira. Permaneceram apenas os docentes concursados com carga horária de 40 horas semanais, que cumpriram expediente até às 13h20, novo horário de fechamento adotado por praticamente todos os órgãos municipais.
Os professores sem concurso, contratados para jornadas de 32 ou 40 horas semanais na sede da Semed, também foram dispensados no final da manhã. A partir de agora, segundo informações repassadas por suas chefias imediatas, passarão a receber salário proporcional a apenas 20 horas semanais.
Devido à crise financeira que afeta a prefeitura de Campo Grande, o decreto publicado em edição extra do Diogrande na sexta-feira determina a redução de 20% nos salários da prefeita, que recebe R$ 26,9 mil, do vice-prefeito, dos secretários e dos adjuntos das secretarias. A medida terá duração de 120 dias, podendo ser prorrogada por igual período.






